A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta sexta-feira, 13 de junho, a segunda fase da Operação Camarilha, que investiga uma organização criminosa suspeita de envolvimento em um esquema ilegal de apostas digitais com ramificações em vários estados brasileiros. A ação ocorreu em Araguari, no Triângulo Mineiro, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dez veículos foram recolhidos. As investigações apontam que o grupo movimentou aproximadamente R$ 15 milhões entre setembro de 2023 e abril de 2024, operando a partir de Minas Gerais com conexões em Brasília, Praia Grande (SP), Rio de Janeiro e Porto Alegre.
O inquérito teve início no ano ado, após a identificação de práticas fraudulentas envolvendo influenciadores digitais que comercializavam rifas disfarçadas de ações filantrópicas, vinculadas a títulos de capitalização. Segundo a PCMG, o dinheiro arrecadado era, na maioria dos casos, desviado em benefício dos próprios investigados e de empresas intermediárias.
Os alvos são investigados por organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, contravenções penais ligadas a jogos de azar e crimes contra a economia popular. Além disso, os nomes dos envolvidos também aparecem na I das Bets, que tramita no Senado Federal e apura irregularidades no mercado de apostas digitais no país.
As investigações seguem em andamento para o cumprimento total das medidas judiciais previstas.