O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a 30 anos de prisão em regime fechado, após ser considerado culpado por estupro de vulnerável contra duas mulheres durante o trabalho de parto. A sentença foi proferida na última segunda-feira, 09 de junho, pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti.
Além da pena de reclusão, o médico foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais a cada uma das vítimas.
Relembre o Caso
O crime ocorreu em julho de 2022, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, localizado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Na ocasião, Giovanni foi flagrado em imagens gravadas pela equipe de enfermagem enquanto cometia abusos contra duas pacientes sedadas durante cesarianas.
De acordo com as autoridades, a equipe desconfiou do comportamento do anestesista, que aplicava doses excessivas de sedativos, deixando as pacientes inconscientes. Para confirmar a suspeita, um celular foi posicionado para registrar a conduta do médico.
As gravações mostram o anestesista praticando atos sexuais com as mulheres, que estavam vulneráveis e sob seus cuidados, enquanto a cirurgia acontecia, separadas apenas por um campo cirúrgico. A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, classificou as imagens como “estarrecedoras” e ressaltou a gravidade do caso, principalmente por se tratar de um profissional responsável pela saúde das vítimas.
“É inacreditável o que foi registrado, principalmente porque as pacientes estavam em um momento delicado e vulnerável, dentro de um hospital especializado em atendimento feminino”, declarou a delegada.
Em julho de 2023, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) cassou definitivamente o registro profissional de Giovanni Quintella, em decisão unânime.