A Avenida Paulista em São Paulo (SP) foi palco, neste domingo, 6 de Abril, de uma manifestação organizada pelo pastor Silas Malafaia, que reuniu centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A principal pauta do ato foi a defesa da anistia para os envolvidos nos tumultuosos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de sua esposa, Michele Bolsonaro, e seus filhos Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, e Jair Renan Bolsonaro, vereador em Balneário Camboriú (SC), subiu em um caminhão de som estacionado próximo ao MASP e acenou para a multidão. O ato teve início por volta das 14h e contou com a presença de centenas de autoridades políticas, entre governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores.
Estavam presentes os governadores:

Wilson Lima (União), do Amazonas;
Jorginho Melo (PL), de Santa Catarina;
Mauro Mendes (União), de Mato Grosso;
Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo;
Ratinho Junior (PSD);
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais;
e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.
Em seu discurso Bolsonaro, defendeu a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por ter pichado a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com um batom. Manifestantes vestidos de verde amarelo mostravam batons em referência a Débora, que já teve a prisão domiciliar concedida.
O evento contou também com discursos inflamados. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamando-o de “covarde”. Nikolas também criticou a Polícia Federal (PF) por seu papel nas investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro.
“Ditadores de toga, principalmente como Alexandre de Moraes, se utilizou do dia 8 para nos amedrontar. Se lascou, olha a gente aqui. Essa é a resposta para você seu covarde. E digo mais, fizeram de tudo para poder massacrar a maior liderança política deste país, que é o Bolsonaro”, disse Nikolas.
A manifestação ocorre em meio a um clima de tensão jurídica, após a Primeira Turma do STF aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e mais sete réus. Eles são acusados de envolvimento em crimes, incluindo a tentativa de golpe de estado, e se somam a outros acusados de participação nos atos de 8 de janeiro. As penas previstas podem ultraar 30 anos de prisão para os réus, caso sejam condenados.